"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém" Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios

"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém [...]". (Carta do Apóstolo Paulo aos cristãos. Coríntios 6:12) Tudo posso, tudo quero, mas eu devo? Quero, mas não posso. Até posso, se burlar a regra; mas eu devo? Segundo o filósofo Mário Sérgio Cortella, ética é o conjunto de valores e princípios que [todos] usamos para definir as três grandes questões da vida, que são: QUERO, DEVO, POSSO. Tem coisas que eu quero, mas não posso. Tem coisas que eu posso, mas não devo. Tem coisas que eu devo, mas não quero. Cortella complementa "Quando temos paz de espírito? Temos paz de espírito quando aquilo que queremos é o que podemos e é o que devemos." (Cortella, 2009). Imagem Toscana, Itália.































terça-feira, 11 de março de 2014

PLATÃO E O CONHECIMENTO INATO


Segundo Platão, conhecer é recordar verdades que já existem em nós - teoria que pode ser atestada sempre que nos deixamos guiar pela voz do inconsciente.



Por Paulo Urban*

"Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Fazer é demonstrar que você o sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você."

Essa máxima, extraída do livro Ilusões, de Richard Bach, sintetiza o inatismo de Platão, doutrina filosófica segundo a qual aprendemos devido a um processo natural de descobertas, capaz de desentranhar conhecimentos racionais e ideias verdadeiras que se encontram, a priori, latentes, guardados em nosso mundo interior.
Platão nasceu em 428-7 a.C., na cidade-estado de Atenas, onde viveu a época de seu apogeu político. Por volta dos 40 anos, o mais importante discípulo de Sócrates fundou sua Academia, dirigindo-a até o fim de seus dias, em 348-7 a.C. Um de seus célebres pupilos foi Aristóteles, que aos 18 anos ingressou na Academia, bebendo da fonte platônica durante as últimas duas décadas de vida de seu mestre. A Academia estenderia seu funcionamento por 900 anos, até hoje a mais longa existência registrada na história das instituições educacionais do Ocidente.
Nascido em berço abastado, numa família que detinha importantes relacionamentos políticos, Platão, após cumprir o serviço militar, pôde aventurar-se pela Magna Grécia. Além de conhecer Euclides em Megara e estudar a matemática de Teodoro em Cirene, estendeu viagem ao Egito, inspirado pelos passos esotéricos de Pitágoras. Ao retornar a Atenas, já tendo escolhido o caminho da ascese espiritual, dedicou-se à poesia, ao teatro e à leitura dos textos clássicos. Aproximou-se dos filósofos e, aos 25 anos, conheceu Sócrates. Acercou-se dele intensamente e com profunda admiração, permitindo que em seu espírito se processasse uma revolução completa ao longo dos três anos seguintes, os quais antecederam a condenação de Sócrates à morte por cicuta.
Platão recebeu notável influência dos grandes pensadores de sua época e soube sintetizar magistralmente suas doutrinas num sistema próprio de compreensão do homem e do universo. De Pitágoras herdou, por exemplo, a vocação para a pedagogia, o amor pela matemática e pela música, assim como o caráter transcendente de sua teoria das ideias e os alicerces órficos de sua filosofia, caso da crença na imortalidade da alma, na metempsicose (teoria que aceita a passagem da alma de um corpo para o outro) e na existência do outro mundo.
De Heráclito aceitou a ideia de que tudo é mudança nesta vida, ao menos neste "mundo sensível" em que vivemos, cercados de ilusões e aparências da verdade, onde nada é permanente. De Parmênides assimilou a crença numa realidade perene e atemporal. Platão situou essa realidade em seu "mundo inteligível", distinto deste, compreendendo que, para além das realidades ilusórias, a alma (o ser) é una, imutável e permanente.
De Sócrates absorveu o costume de refletir sobre o homem e seus problemas éticos, e apreendeu uma conduta impecável. Dele ainda recebeu a maiêutica (arte de dar à luz a verdade por meio de seguidas perguntas), instrumento valioso para a tese do inatismo. Tal teoria, de que todo conhecimento é reminiscência, assumiu melhores passagens em dois de seus 29 livros: Fédon e Mênon. Neste último diálogo, Sócrates, personagem central do livro, interpela um jovem escravo sem estudos e se põe a fazer-lhe perguntas de crescente complexidade sobre geometria. Por meio de questões precisas, o filósofo extrai respostas claras do rapaz, que consegue espontaneamente resolver um cálculo de área, razoavelmente difícil para alguém ignorante. Ou seja, conforme Sócrates vai dialogando com o escravo no sentido de fazê-lo raciocinar corretamente, as verdades matemáticas vão surgindo na sua mente. Tanto no Fédon quanto no Mênon, chega-se à conclusão de que o conhecimento da alma provém de existências anteriores.
Na República (Livro X), Platão procura fundamentar a teoria da reminiscência por meio da alegoria de Er, um pastor da Panfília que, morto em batalha, após dez dias é encontrado com seu corpo intacto entre centenas de cadáveres putrefatos. Levado para casa a fim de que se cumprissem os ritos funerários, já estendido sobre a pira de cremação, no décimo segundo dia após sua morte, Er acorda, levanta-se e põe-se a narrar o que viu no além. O pastor havia estado entre os juízes que separavam as almas boas das ruins, dando-lhes as sentenças conforme haviam vivido seus dias encarnados.
Er estivera entre almas de sábios, heróis, antepassados e amigos. Os juízes o haviam escolhido para que, vendo e ouvindo tudo o que ali se passava, pudesse retornar à Terra e contar aos homens o destino que nos reserva o além. Er aprende que as almas renascem indefinidamente para purificar-se de seus erros passados até que não mais precisem reencarnar, quando então passam a residir na eternidade. Compreende ainda que a morte, mero intervalo entre as existências terrenas, é o período em que as almas podem contemplar o conhecimento verdadeiro e ao menos vislumbrar o mundo perfeito das ideias, proposto pela teoria de Platão. Antes de regressarem à nova encarnação, porém, cabe às almas escolherem o que desejam experimentar entre uma infinidade de sortes ou modelos de vida, que lhes são apresentados por Láquesis, uma das três deusas do destino. Há vidas de rei, de guerreiro, de artista, de escravo etc., todas à disposição para que sejam tomadas conforme as necessidades compensatórias do futuro aprendizado.
As almas devem ainda escolher seu próximo sexo e local de nascimento, e se querem retornar feito mineral, vegetal, animal ou ser humano. Em seu caminho de volta, porém, elas atravessam vasta planície desértica, sob calor abrasador, que as força beber das águas de Lethé ("esquecimento" em grego), o rio da despreocupação. Quanto mais bebem, mais esquecem suas vidas anteriores, até que sejam encaminhadas ao local escolhido para o novo nascimento.
Platão se vale dessa metáfora (que até hoje influencia o kardecismo, o rosacrucionismo e várias outras correntes religiosas) para explicar como o conhecimento pode preexistir de modo latente em nossas almas, fadados que estamos a viver esquecidos de nosso caráter divino e das verdades puras contempladas.
Concordamos, porém, com Bertrand Russel (1872-1970), que diz que o argumento platônico de nada vale se aplicado ao conhecimento empírico. O rapaz escravo não saberia "recordar" - nem mesmo com ajuda da indução de Sócrates - quando se deu, por exemplo, a construção das pirâmides, ou o cerco à Tróia. Contra a teoria da reminiscência, considere-se ainda qualquer descoberta no campo científico, como a disseminação de doenças por meio de microorganismos atestada pelas experiências de Pasteur. Um completo ignorante dificilmente chegaria a essas conclusões se levado a pensar no problema pelo método de perguntas e respostas.
Somente o conhecimento que se denomina apriorístico, inato - como as intuições lógicas e matemáticas -, é que pode existir dentro de nós sem qualquer prévia experiência. De fato, o conhecimento a priori é o único que Platão admite como verdadeiro, além das revelações místicas às quais nossas almas estão sempre sujeitas.
Independentemente da crença na reencarnação professada pelo filósofo, podemos indagar: de onde teria vindo o saber do escravo se este não tivesse nascido já dotado dos princípios da racionalidade? O inatismo de Platão aqui se atesta: conhecer é recordar a verdade que já trazemos em nós, inerente ao aparato racional e intuitivo de que somos desde o nascimento dotados. Nesse sentido, aprender é mesmo descobrir o que já sabemos.
Aos defensores do inatismo, como vimos, contrapõem-se os empiristas, que afirmam que a verdade e a razão só podem ser adquiridas por meio da experiência. O empirismo entende a razão como uma "folha em branco", ou uma tábua rasa, sobre a qual vão sendo gravadas as experiências de vida que agregam conteúdo a nosso saber. Freud, por exemplo, enxergava dessa forma nosso mundo inconsciente. A essa visão reducionista da psicanálise contrapôs-se Jung, para quem o inconsciente não é somente dinâmico, mas dotado de autonomia própria, estando ligado à fonte original do saber inconsciente universal. Sendo assim, ele é capaz de nos antecipar verdades que em tempo oportuno se tornarão conscientes, ou de nos levar a passar por experiências significativas, necessárias à nossa evolução pessoal, que Jung chamou de "sincronicidades". Portanto, no que se refere à sua maneira de compreender o psiquismo, poderíamos dizer que a psicologia analítica é de natureza iminentemente platônica, já que valoriza as percepções intuitivas em detrimento do saber estritamente racional.
Cumpre lembrar que a história das descobertas (mesmo as científicas) está repleta de casos assim. O químico Friedrich Kekulé, por exemplo, adormeceu em frente de sua lareira, sonhou com uma serpente que mordia o próprio rabo e despertou com a exata noção de que o anel de benzeno tinha estrutura espacial hexagonal fechada em si mesma, o que lhe resolveu um problema que o atormentava havia anos. Famosa também é a história do físico Isaac Newton, que teria derivado a equação da gravitação universal num insight que lhe ocorreu ao observar a queda de maçãs maduras no pomar de Woolsthorpe, onde ele costumava passar suas tardes orando e meditando. Mozart também contou com humor que os temas de suas peças eram-lhe antecipados em sonho, sempre mais sublimes do que ele conseguia compor depois!
Gênios iluminados à parte, nossa vida cotidiana acha-se igualmente tomada de exemplos de descobertas espontâneas pessoais. Basta conferir nossa história biográfica, ou mesmo perguntar aos amigos sobre isso. Não resta dúvida: sempre que nos deixamos levar pelas vozes do inconsciente, descobrimos coisas novas, encontramos verdades escondidas, percebemos virtudes e potenciais a serem trabalhados. Admitindo primeiramente nossa virtual ignorância, e buscando intuitivamente por nossos caminhos, estamos exercitando a nobre arte que une a filosofia ao misticismo em favor do autoconhecimento. Importa, sobretudo, abrir nossos canais às lições dos verdadeiros mestres que habitam esferas transcendentes de nossa realidade interior. Conhecermo-nos a nós mesmos é, pois, nossa humilde obrigação, só assim descobriremos os segredos dos deuses e dos homens. Ao menos é o que nos quer ensinar a grande máxima, que repercute a nos lembrar que ninguém é melhor por saber muito, senão que aprendemos descobrindo que sabemos tanto quanto os outros - um quase nada diante dos mistérios realmente imponderáveis.

*Paulo Urban Médico-psiquiatra e psicoterapeuta do Encantamento. E-mail:urban@paulourban.com.br


21 comentários:

  1. Platão eternizou os diálogos socráticos ao dar essa forma a sua obra. Em seus primeiros escritos, conferiu respeitabilidade à doutrina do inatismo - a crença de que todos já nacemos programados com certos tipos de conhecimento. Ele fez uma demonstração de que isso seria assim interrogando um jovem escravo que pertencia a um amigo dele, Menão. Baseando-se na teoria da imortalidade da alma, como podemos compreender a doutrina do inatismo de Platão?
    Boas reflexões.

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  2. Osmar Neto e Luiz Henrique11 de março de 2014 às 08:16

    Inatismo afirma que trazemos conosco ao nascer ideias inatas, ou seja, princípios racionais ou dons e algumas ideias que já estão na nossa mente ao nascer!
    Para Platão, o inatismo platônico seria que o estudo e aprendizagem da filosofia nos faria lembrar de nossas ideias inatas. Platão disse; "Conhecer é recordar a verdade que já existe em nós".

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  4. Giulia e Marianna. 3EM Colégio Ser11 de março de 2014 às 08:21

    A doutrina do inatismo de Platão relaciona-se com a imortalidade da alma, uma vez que o inatismo platônico nada mais é do que recordar a verdade que cada um traz em si, ou seja, recordar aquilo que já se sabe. Dessa forma, a imortalidade da alma (teoria que ainda hoje influencia algumas religiões) é de fato existente, já que procura buscar o conhecimento adquirido em vidas passadas.
    O inatismo só passou a ser respeitado em Atenas após a utilização da Maiêutica (obter verdades por questionamentos), prática que fora absorvida de Sócrates.

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  5. Luiza e Ana Letícia11 de março de 2014 às 08:21

    Sendo o inatismo a teoria que fala sobre o conhecimento prévio e diz que ao aprendermos, apenas estamos recordando o que já foi vivido e apreendido; a imortalidade da alma é a responsável por esse fenômeno. Já que sua reencarnação proporciona um conhecimento inato. A maiêutica, imposta por Sócrates, que consistia em descobrir a verdade através de perguntas, de certa forma nos obriga a buscar no inconsciente o conhecimento inato que por ventura possa parecer ter sido esquecido.

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  6. Os conhecimentos inatos do Homem são advindos das diversas encarnações, portanto sempre temos verdades para "lembrar" e para aprender"
    Ana Clara

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  7. Guilherme e João 3º EM Heisenberg11 de março de 2014 às 08:22

    Compreendemos que através da imortalidade da alma , o inatismo é possível, ja que o conhecimento de uma outra vida de um indivíduo esta intrínseco a alma do mesmo, contudo, ao falecer, esse, perde todas as suas memórias da vida passada ao beber das águas do rio do esquecimento.
    Assim, somente através da maiêutica é possível sucintar um resquício do conhecimento inato, como lógico e matemático, as únicas vertentes verdadeiras do pensamento.

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  8. Fernanda Ribeiro e Victoria Ribeiro
    3° EM
    Platão reuniu os conhecimentos de Sócrates, Pitágoras, Parmênides e Heráclito e conseguiu elaborar suas próprias doutrinas. Tais doutrinas se contrapõem com as ideias empíricas, ao dizer que o conhecimento já está conosco e não que ele é adquirido através de experiências, como dizia John Locke.
    Platão acreditava que a matéria tinha fim, todavia a alma era imortal, ou seja, ela reencarnava em outro corpo e levava consigo os conhecimentos das vidas passadas. Portanto, uma pessoa tem as ideias inatas em seu subconsciente desde o seu nascimento e quando ela "aprende", na verdade, ela está resgatando este conhecimento que ela já tinha.

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  9. Beatriz, Thaís e Marianne11 de março de 2014 às 08:25

    O inatismo de Platão é quando recordamos a verdade que trazemos em nós, inerente ao aparato racional e intuitivo de que somos desde o nascimento dotados. Aprender seria descobrir o que já nós sabemos. E esta doutrina, relaciona-se com a imortalidade da alma.

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  10. Ellen e Felipe Braga11 de março de 2014 às 08:26

    Platão acredita no inatismo, ou seja, experiências e sabedorias são passadas de geração para geração, através da reencarnação, os conhecimentos estão presentes desde o nascimento, desta forma, todos nós temos os conhecimentos pré-existentes, que são descobertos durante a vida como um processo natural. Segundo questionado, o inatismo de Platão, não era preciso de experiências para ter o conhecimento, e a verdade seria exposta através de perguntas, pois o conhecimento seria passado pelas almas, portanto este seria o princípio da teoria da imortalidade, que comprovava tal pré-conhecimento.

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  11. Letícia Tichy e Felipe Grilo11 de março de 2014 às 08:26

    A Teoria da imortalidade da alma diz que nenhuma destas desaparece, mas sim se move de um corpo a outro. Portanto, o inatismo seguiria a mesma lógica, já que a sabedoria se conserva em cada alma, sendo o mutável apenas o corpo (porém as experiências sendo as mesmas).

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  12. Gabriela Linares e Pedro Paulo - 3º EM Walter White11 de março de 2014 às 08:27

    A partir da teoria da imortalidade da alma, podemos observar que a alma nunca deixa de existir, o conhecimento é passado de geração a geração sem se perder, portanto as ideias inatas (que está em nossa mente, mas não sabemos), foram transmitidas por nossos antepassados e nos precisamos apenas recordar. Dessa forma, a imortalidade da alma é de fato existente, já que procura buscar o conhecimento adquirido em vidas passadas.

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    1. In the jungle, the mighty jungle, the lion sleeps tonight!

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  13. Daniel, Mateus e Haruo11 de março de 2014 às 08:29

    O inatismo afirma que somos capazes de recuperar o conhecimento da nossa alma que adquirimos nas vidas passadas com as experiências em outros corpos físicos. A imortalidade da alma faz parte desse raciocínio, uma vez a alma é a mesma, apenas passa para uma nova vida, em um novo corpo e em um novo lugar, mas com o conhecimento inativado. É preciso relembra-lo através do "aprendizado". Como o próprio Platão disse: "conhecer é recordar a verdade que já existe em nós".

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  14. Comentário e respostas das questões levantadas pela eminente Marilia Coltri.
    Comecemos pelo início, não! Isso não é um paradoxo. Platão está para nós, assim como Sócrates está para a Marília, salvando as devidas proporções quanto a nós, é claro. A imortalidade da alma foi um dos grandes pensamentos socráticos, o qual desenvolveu a maiêutica, que por sua vez foi o estopim para que Platão pudesse nos descrever a teoria do inatismo da alma. E já que nosso querido Sócrates infelizmente, ao contrário do que muitos pensam, não nos deixou nenhum documento escrito, não livros deste filosofo. Portanto, quando queremos entendê-lo ou pesquisá-lo, devemos buscar por Platão, pois por mais que existissem diferenças normais a quaisquer dupla, eles tinham muitos pontos em comum, e assim se ajudaram a crescer ainda mais. A ALMA, ninguém sabe e nunca saberemos se está realmente existe, mas a ideia é interessante, não é? Cada pessoa tem a sua alma, a qual já pertenceu a outro individuo anteriormente, trazendo deste o conhecimento. Extremamente interessante que nós pertencemos a outros e outras já tivemos nossos filhos e filhas, já amamos e nos relacionamos com homens e mulheres, camponeses e reis. E então, quem você acha que foi em uma vida passada, isto é, a quem mais a sua alma já pertenceu, ou dominou? Nós, os autores desta maravilhosa obra, falaremos a nossa resposta a essa pergunta. LUMY: Mulher, mãe, nos anos 50, feminista, a qual lutou pelos direitos da mulher. TOMÁS: Mulher, prostituta e dançarina em Paris, em plena Belle Époque, a qual entreteve e serviu as mais variadas mulheres e homens. 3º ano, Colégio Ser! --> Daniela Lumy e Tomás Conte.

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  15. Jade e Leonardo Felipe11 de março de 2014 às 08:34

    Conforme diz a doutrina do inatismo (onde já nascemos com certos conhecimentos adquiridos por vidas passadas), assim apenas recordando o que já foi vivido e aprendido, devido a imortalidade da alma. Sócrates utilizava a técnica da maiêutica, onde fazia-se questionamentos sobre determinado assunto, buscando a verdade.

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  16. Platão baseia suas ideias em diversas alegorias mitológicas, uma delas que o influenciou profundamente foi a alegoria de Er , o qual acredita que as almas reencarnam para se libertarem de seus equívocos anteriores, até atingir seu auge de “consciência “ e ser possível a” vida eterna”; mas no processo de reencarnação há o estagio que as almas bebem do rio da despreocupação, e quanto mais bebem mais esquecem de suas experiências passadas. Com essas ideias, Platão chega à conclusão de que as nossas lembranças pré-existentes vem de vidas passadas, mas estamos fadados a esquecer nosso caráter divino e verdades puras. Isabela Ravacci e Fernanda Lecca 3º EM

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  17. O filosofo Platão antes de tudo era um viajante da Magna Grécia onde herdou conhecimentos de grandes nomes como Pitágoras, Heráclito, Parmênides e seu grande mentor Sócrates.
    Com uma base forte e elaborada fundamentou-se uma de suas teorias, como o Inatismo, que era contraria a teoria da “tabula rasa”, uma vez que sugere que o individuo nasça com um conhecimento proveniente de vidas passadas. Tal teoria hoje é aceita por diversas crenças como a mais comum no Brasil, o kardecismo espirita.
    Rhaisa Demartini Gabrielle L.

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