"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém" Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios

"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém [...]". (Carta do Apóstolo Paulo aos cristãos. Coríntios 6:12) Tudo posso, tudo quero, mas eu devo? Quero, mas não posso. Até posso, se burlar a regra; mas eu devo? Segundo o filósofo Mário Sérgio Cortella, ética é o conjunto de valores e princípios que [todos] usamos para definir as três grandes questões da vida, que são: QUERO, DEVO, POSSO. Tem coisas que eu quero, mas não posso. Tem coisas que eu posso, mas não devo. Tem coisas que eu devo, mas não quero. Cortella complementa "Quando temos paz de espírito? Temos paz de espírito quando aquilo que queremos é o que podemos e é o que devemos." (Cortella, 2009). Imagem Toscana, Itália.































terça-feira, 24 de janeiro de 2012

TIPOS DE CONHECIMENTO - DO EMPIRISMO À CIÊNCIA



"Em estado de dúvida, suspende o juízo."
Pitágoras de Samos (580 a.C. - 497 a.C.) foi um filósofo e matemático grego.
É considerado um dos grandes matemáticos da Antiguidade

Desde os primórdios da humanidade, a preocupação em conhecer e explicar a natureza é uma constante. Ao analisar a palavra francesa para conhecer , tem-se connaissance, que significa nascer (naissance) com (con), logo se concluí que o conhecimento é passado de geração a geração, tornando-se parte da cultura e da história de uma sociedade.
Para conhecer, os homens interpretam a realidade e colocam um pouco de si nesta interpretação, assim, o processo de conhecimento prova que ele está

sempre em construção, visto que para cada novo fato tem-se uma análise nova, impregnada das experiências anteriores. Dessa forma, a busca pelo entendimento de si e do mundo ao seu redor, levou o homem a trilhar caminhos variados, que ao longo dos anos constituíram um vasto leque de informações que acabaram por constituir as diretrizes de várias sociedades. Algumas dessas informações eram obtidas através de experiências do cotidiano que levavam o homem a desenvolver habilidades para lidar com as situações do dia a dia. Outras vezes, por não dominar determinados fenômenos, o homem atribuía-lhes causas sobrenaturais ou divinas, desenvolvendo um conhecimento abstrato a respeito daquilo que não podia ser explicado materialmente. Assim, o conhecimento foi se dividindo da seguinte forma: empírico, teológico, filosófico e científico.

                                           
Conhecimento Empírico

O conhecimento empírico é também chamado de conhecimento popular ou comum. É aquele obtido no dia a dia, independentemente de estudos ou critérios de análise. Foi o primeiro nível de contato do homem com o mundo, acontecendo através de experiências casuais e de erros e acertos. É um conhecimento superficial, raso; onde o indivíduo, por exemplo, sabe que nuvens escuras é sinal de mau tempo, contudo não tem ideia da dinâmica das massas de ar, da umidade atmosférica ou de qualquer outro princípio da climatologia. Enfim, ele não tem a intenção de ser profundo, mas sim, básico.

“Adquire-se independentemente de estudos, pesquisas, reflexões ou aplicações de métodos” (FACHIN, 2002, p. 9).
“É conseguido na vida cotidiana, fundamentado em experiências vivenciadas ou transmitidas de pessoa para pessoa, fazendo parte das antigas tradições [...]”. (FACHIN, 2002).
“Pode também derivar de experiências casuais sem fundamentações.” (FACHIN, 2002; OLIVEIRA, 1999). “É considerado um conhecimento prático, pois sua ação se processa segundo os conhecimentos adquiridos nas ações anteriores, sem nenhuma relação científica metódica ou teórica.” (FACHIN, 2002, p. 10).

Conhecimento Teológico

É o conhecimento relacionado ao misticismo, à fé, ao divino, ou seja, à existência de um Deus, seja ele o Sol, a Lua, Jesus, Maomé, Buda, ou qualquer outro que represente uma autoridade suprema. O Conhecimento Teológico, de forma geral, encontra seu ápice respondendo aquilo que a ciência não consegue responder, visto que ele é incontestável, já que se baseia na certeza da existência de um ser supremo (Fé). Os conhecimentos ou verdades teológicas estão registrados em livros sagrados, que não seguem critérios científicos de verificação e são revelados por seres iluminados como profetas ou santos, que estão acima de qualquer contestação por receberem tais ensinamentos diretamente de um Deus.

“Produto de intelecto do ser humano que recai sobre a fé” (FACHIN, 2002, p. 8).
De um modo geral apresenta respostas para questões que o ser humano não pode responder, ligados a fé (FACHIN, 2002; OLIVEIRA, 1999).

Conhecimento Filosófico

A palavra Filosofia surgiu com Pitágoras através da união dos vocábulos PHILOS (amigo) + SOPHIA (sabedoria) (RUIZ, 1996, p.111). Os primeiros relatos do pensamento filosófico datam do século VI a.C., na Ásia e no Sul da Itália (Grécia Antiga). A filosofia não é uma ciência propriamente dita, mas um tipo de saber que procura desenvolver no indivíduo a capacidade de raciocínio lógico e de reflexão crítica, sem delimitar com exatidão o objeto de estudo. Dessa forma, o conhecimento filosófico não pode ser verificável, o que o torna sob certo ponto de vista, infalível e exato. Apesar da filosofia não ter aplicação direta à realidade, existe uma profunda interdependência entre ela e os demais níveis de conhecimento. Essa relação deriva do fato que o conhecimento filosófico conduz à elaboração de princípios universais, que fundamentam os demais, enquanto se vale das informações empíricas, teológicas ou científicas para prosseguir na sua evolução.

“Desenvolver no ser humano a possibilidade de reflexão ou a capacidade de raciocínio” (FACHIN, 2002, p. 5). É uma busca do saber (FACHIN, 2002).
A filosofia (reflexão crítica) deve ser uma atitude de todos que se propõem a fazer qualquer estudo (FACHIN, 2002). Procura conhecer as causas reais dos fenômenos, não as causas próximas (OLIVEIRA, 1999).
Existem duas fases que conduzem à reflexão: a primeira parte de objetos reais e é denominada realismo e a segunda parte de idéias e é denominada idealismo (FACHIN, 2002).

Conhecimento Científico

A ciência é uma necessidade do ser humano que se manifesta desde a infância. É através dela que o homem busca o constante aperfeiçoamento e a compreensão do mundo que o rodeia por meio de ações sistemáticas, analíticas e críticas. Ao contrário do empirismo, que fornece um entendimento superficial, o conhecimento científico busca a explicação profunda do fenômeno e suas inter-relações com o meio. Diferentemente do filosófico, o

conhecimento científico procura delimitar o objeto alvo, buscando o rigor da exatidão, que pode ser temporária, porém comprovada. Deve ser provado com clareza e precisão, levando à elaboração de leis universalmente válidas para todos os fenômenos da mesma natureza. Ainda assim, ele está sempre  sob júdice, podendo ser revisado ou reformulado a qualquer tempo, desde que se possa provar sua ineficácia.

“Caracteriza-se pela presença do acolhimento metódico e sistemático dos fatos da realidade sensível” (FACHIN, 2002, p. 11).
Preocupa-se com a abordagem sistemática dos fenômenos, tendo em vista termos relacionais que implicam relação causa e efeito (FACHIN, 2002).
O conhecimento científico possui um método, se prende aos fatos e se vale da testagem empírica para formular respostas aos problemas colocados e apoiar suas afirmações (FACHIN, 2002). Seu objetivo é “estudar as causas reais dos fenômenos e descobrir as leis pelas quais eles regem” (OLIVEIRA, 1999, p. 71).
Procura sempre alcançar a verdade dos fatos independente de valores ou crenças dos cientistas e resulta de pesquisa metódica e sistemática da realidade (FACHIN, 2002).
* SILVA, Renata; TAFNER, Elisabeth Penzlien. Metodologia da Pesquisa Científica. Associação Educacional do vale do Itajaí Mirim.

Imagem disponível em: <http://filosofiadacoruja.blogspot.com/2009_11_01_archive.html>. Acesso em 24/01/2012.
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23 comentários:

  1. Prezados alunos, bom dia!
    Partindo do pressuposto de que o conhecimento, trazido pela filosofia, nada mais foi que a necessidade da busca de novas explicações para os questionamentos humanos - além da tradição ou da crença. Como uma passagem do mito à razão, a filosofia possibilitou várias novas vertentes, vários novos caminhos a serem trilhados na busca desses novos entendimentos de si e do mundo a redor.
    Como podemos, então, compreender que os diferentes tipos de conhecimento estão, cada um com as suas particularidades; alinhados nesse processo de construção do conhecimento como um todo, tendo a filosofia como grande norteadora desse processo?
    Boas análises!
    Profª Marilia Coltri.

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  2. João Francisco / Colégio SER! 3º EM31 de janeiro de 2012 às 07:22

    Podemos entender que a filosofia foi um dos primeiros tipos de conhecimento que surgiram, mas que não é um norteador uma vez que tudo começa com uma pessoa querendo saber o porque de algo. E então daí passa para um estudo mais analítico dos fatos que cercam o objeto de estudo e com isso pode ou não chegar a uma resposta, e se chegar irá testa-la para ter mais provas e se não chegar então sua busca se vira para o misticismo e/ou religião. E então com uma resposta exata definida pela ciência ou pela fé a pessoa passa para um próximo objetivo, pois afinal o que nos move não são as respostas e sim as perguntas. Então os tipos de conhecimento podem ou não se correlacionar, mas com certeza um ou outro irá satisfazer a pergunta, sendo um conhecimento popular, uma lenda ou mito, uma religião ou a experimentação.

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  3. O conhecimento, nasce da duvida, nasce das perguntas feitas por nós. As Respostas que nos são dadas, pelas experiências do dia-a-dia damos o nome de Conhecimento Empírico. Nem sempre é possível, se achar uma resposta pelas experiências, teorias e mais teorias são feitas mas não comprovadas, então a resposta correta é a existência de algo maior, cada um nomeia de uma forma eu chamo de Deus, esse é o chamado Conhecimento Teológico. Ambos conhecimentos, se baseiam no achismo e não na lógica. Mas foi do irracional que surge o racional, pois alguém pensou, será que tudo é Divino? Não a uma lógica nos acontecimentos? Foi de questões como essa que surgiu o conhecimento filosófico. O conhecimento puramente relacionado com a lógica, com a reflexão do que acontece e do porque acontece. E Da necessidade de comprovar o que se pensa criamos o Conhecimento Cientifico. O conhecimento a partir da prova, da sistematização do saber. Ambos os conhecimentos são baseados na razão, nas perguntas concretas, com respostas possíveis (Filosofia) ou Concretas(Cientifico).
    Logo podemos concluir que a relação entre eles, é que um conhecimento se estabelece no outro. O Conhecimento Empírico, a base de tudo, nasce das nossas experiências, a necessidade de um porque acontece, a chuva, a cada da lava de um vulcão, criou um Ser que explica tudo, Deus. Mas a duvida da existência de Deus, ou de apenas um Ser ter o Controle sobre tudo, criou a Filosofia, diversas ideias lógicas e profundas. E a necessidade de comprovar o pensamento lógico criou a Ciência, criou o conhecimento Cientifico.

    João Vítor de Oliveira Silva. 3ºEM Colegio Ser.

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    1. Muito boa sua análise, João. Parabéns! Cabe ressaltar que o conhecimento científico, pretende encontrar as respostas a todos os questionamentos, mas isso ainda é uma pretensão; e mesmo aquele conhecimento que já foi provado e comprovado científicamente, pode ser refutado a qualquer momento. Um abraço, Profª Marilia Coltri.

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  4. Emily e Stéfany / Colégio Ser! 3º EM31 de janeiro de 2012 às 07:30

    Os conhecimentos mencionados no texto tem ideias diferenciadas, mas todos esses tem a filosofia como base, como está escrito no texto, '[...] apesar da filosofia não ter aplicação direta à realidade, existe uma profunda interdependência entre ela e os demais níveis de conhecimento. Essa relação deriva do fato que o conhecimento filosófico conduz à elaboração de princípios universais, que fundamentam os demais, enquanto se vale das informações empíricas, teológicas ou científicas para prosseguir na sua evolução'. Todos os textos mostram que devemos fazer uma reflexão sobre nossos atos, compreende-los, e isso se resume em ter uma filosofia de vida, em procurar respostas para as grandes perguntas da vida.

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  5. Caroline Soares e Renata Russo - 3ºEM / Colégio Ser!31 de janeiro de 2012 às 07:33

    Conhecimento Empírico : É todo aquele conhecimento adquirido dia a dia, é o conhecimento comum. É um conhecimento superficial, contendo seus erros e acertos. É baseado na forma espontânea, sem ter o conhecimento científico.
    Conhecimento Teológico : Esse conhecimento adquire-se através da crença na existência de um ser divino, numa força superior que estabelece mandamentos baseados na moral e na fé. As verdades de que trata o conhecimento teológico são infalíveis ou indiscutíveis, pois se trata de revelações sobrenaturais da divindade. A religião trata da finalidade do ser humano, da existência e da eternidade, e da relação de Deus com os homens.
    Conhecimento Filosófico : ‘Amor ao conhecimento’ é o estudo que busca explicar a existência do homem e de todos os seres vivos no mundo e capacidade de reflexão do homem e por instrumento exclusivo do raciocínio. Buscando estudar os problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião.
    Conhecimento Científico: É a constante busca pelo aperfeçoamento e a compreensão do mundo, porém lida com ocorrências ou fatos. É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica.

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  6. Cada conhecimento possui características diferentes. O Empírico é adquirido através da experiência do cotidiano, onde o homem tem uma ideia meio básica sobre os acontecimentos do cotidiano. O Teológico é a busca de algo divino como resposta de acontecimentos inexplicáveis. A filosofia junto com o conhecimento cientifico estuda com maior ênfase a razão, ou seja, a capacidade de raciocinar sobre um determinado acontecimento. Porém a filosofia não tem um embasamento cientifico tão grande, estuda os pensamentos e as vezes pode fugir um pouco da realidade.
    O que podemos analisar sobre esses conhecimentos, é que todos tem a mesma ideia de interpretar e descobrir sobre o mundo atual. Os conhecimentos, quando juntos, podem descobrir respostas.
    Sendo as perguntas responsáveis para construir uma reflexão mais ampla, sobre determinados conhecimentos inexistentes, as respostas teóricas ditam a razão do ser humano em toda história, e são responsáveis pelo conhecimento cientifico e filosófico atual.
    Todos esses conhecimentos tem uma grande importância para o mundo contemporâneo, pois eles indicam como as pessoas raciocinam diante de suas épocas, e eles podem possuir certo valor sobre as perguntas de hoje em dia.

    Lucas Romano de Agrella e Saulo

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  7. O pensamento empírico remonta desde séculos antigos, com a ideia de que existiam 4 elementos: fogo, terra, água e ar, e que causavam fatores naturais, como chuvas, secas e tragédias. Com o tempo, o pensamento empírico foi dando lugar ao pensamento teológico que tudo se expplicava usando o ''nome'' de Deus para comprovar a origem de tudo.Porém este pensamento têm sido questionado por pensadores destes usavam do pensamento filosófico que se perguntavam o por quê das coisas acontecerem e com isso,por fim,o pensamento científico que comprovava as coisas mas atráves de experimentos!

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  8. É possível supor, em reles divagações, que os conhecimentos definidos como científico, teológico e filosófico são derivados do básico conhecimento empírico, a partir da necessidade inerente do ser humano na busca de conhecimentos. A partir da percepção de mundo proveniente do conhecimento empirico, o homem buscou explicações para tudo aquilo que se percebia.
    O misticismo da fé e explicações baseadas nas criações e idealizações de seres superiores foi um caminho tomado pelos homens em um primeiro momento em diversas regiões do mundo, uma resposta para perguntas que, a priori, não eram passíveis de respostas, como o motivo para fenômenos naturais. Porém, no avanço do tempo, o conhecimento teológico passou a ser usufruido em uma contradição ao seu próprio nome: através de caminhos tomados por aqueles que detinham as informações, o conhecimento teológico deixou de ser conhecimento e caminho para respostas e passou a ser a fé pela fé. Hereges aqueles que buscam respostas.
    Os caminhos dos conhecimentos filósoficos e científicos porém se entrelaçam na busca pelo aprofundamento do conhecimento empírico. Na base em que a filosofia se baseia no desenvolvimento de um raciocínio de reflexão crítica, é possível dizer, que os verdadeiros aplicadores do cientificismo são primeiro filósofos, que na busca pelo aprofundamento de sua sabedoria, buscou métodos, objetivos e experiências para provar a realidade. Difere porém, ao analisar que os arquétipos ideais propostos pela filosofia não são realidade, e portanto, não são conhecimentos e não merecem ser estudados até que provas sejam apresentadas. Partindo da história teológica, o cientificismo é o São Tomé do conhecimento geral. Um contrasenso de um povo movido pela fé e credor da ciência.
    A teoria do conhecimento, se interessa pela investigação da natureza, fontes e validade do conhecimento, conhecimento empirico, científico, filosófico ou teológico: nada mais que meios na busca de um mesmo fim.
    "Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida" Goethe, Johann

    Enrico P. Said 3º EM

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    1. E como disse Pitágoras, na citação inicial deste texto: "Em estado de dúvida, suspende o juízo." Excelente comentário, Enrico!
      Abraço,
      Profª Marilia Coltri.

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  9. Elisa Guimarães Germano, 3º EM.31 de janeiro de 2012 às 07:35

    Com base no texto podemos perceber uma certa relação em cada um dos conhecimentos, em alguns mais do que em outros, mas sempre alinhados querendo achar a resposta para o desconhecido, esteja ela na forma em que o vento balança as árvores (conhecimento empírico) ou nas escrituras sagradas (conhecimento teológico), na realidade dos fenômenos (conhecimento filosófico) ou na possível relação mais precisa para os mesmos (conhecimento científico). A filosofia serve como norteadora mesclando os quatro conhecimentos, facilitando para que cada um possa encontrar aquele no qual mais se identifica.

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  10. O conhecimento empírico parte do pressuposto de analises do cotidiano, aonde ao sentir um clima úmido e inspirar o cheiro de terra molhada sabe-se que logo a chuva chegará. Pensando no conhecimento teológico , os homens de uma idade mais antiga não saberiam justificar os acontecimentos, como a chuva, por exemplo , remetiriam tal acontecimento a deuses e toda tentativa de um nova teoria, era logo censurada pela Igreja, voltando somente a se manifestar no Renascimento,onde a ideologia baseava-se no antropocentrismo. Enfim, todos necessários para manter o equilíbrio das concepções da mente humana.
    Portanto , conclui-se que , a mente humana está sempre em busca de respostas, pois não sabemos a verdade e os mistérios dessa terra, e como disse o intenso personagem de Shakespeare , Hamlet ,”A mais mistérios entre o céu e a terra do que o homem em sua vã filosofia”, todos os conhecimentos aliados permitem-nos descobrir o homem e sua natureza.

    Giovanna Cavalcante, André Felipe - 3 ano - Colegio Ser!

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  11. Levando em consideração o fato de que durante o processo de “amadurecimento cultural” das civilizações, surge a necessidade de se obter explicações para aquilo que a principio se apresentava como algo além do entendimento do ser humano o conhecimento empírico aparece como um ponto de partida para o aprofundamento de novos conhecimentos, visto que com o passar do tempo surge a necessidade de se constatar algo mais sólido do que a simples analise obtida através de experiências vividas no cotidiano.
    A partir deste momento utilizando-se do pensamento filosófico aliado as fontes de pesquisa disponíveis em cada época é que a analise mais simples passa a evoluir em direção a solides do olhar cientifico.
    Ao se observar teologia e ciência pode se dizer que seja uma relação possível, mas marcada por uma serie de entraves impostos pelos dogmas característicos de cada religião, o que acaba atrapalhando uma aproximação “aberta”

    Leonardo R. da Silva 3º Ano
    Colégio Ser Sorocaba

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  12. Olá alunos do 3ºEM - Colégio Ser!
    Estou apreciando muito os comentários! Para quem ainda não registrou suas elaborações, lembrem-se que vocês tem até sexta-feira, 3/02 para postá-las.
    Bom trabalho!
    Abraço,
    Profª Marilia Coltri.

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  13. A ligação entre os tipos de conhecimento está na evolução dos mesmos e nas pessoas que os utilizam.
    Quem vive de um modo simples, onde uma chuva não interrompe ou dificulta de modo abrasivo sua relação com o meio, não quer saber de onde vêm ou como as chuvas vêm, apenas sabe quando está a vir. A isso refere-se o empirismo.
    Os que se baseiam em deuses, dão explicações de porque as chuvas acontecem (deuses bravos, felizes ou tristes), e a resposta varia de acordo com as necessidades daquele que se denomina profeta, e faz isso pois tem por trás da sua teologia, o conhecimento científico, que faz com o homem tenha um controle maior (quando, onde e porque) dos movimentos naturais.
    Em leve contrapartida do conhecimento científico, o conhecimento filosófico estuda as coisas de modo a explicar, sem provas concretas, porque foram feitas daquela forma e como o homem se comporta em relação à elas.

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  14. Larissa Duso e Victor Hugo - 3ºEM Colégio Ser!

    O conhecimento está diretamente ligado ao homem, á sua realidade, que faz o ser humano se diferenciar dos demais.Assim pretendendo idealizar o bem estar do ser humano, o primeiro conhecimento foi o filosófico que surge com relação ao científico.O filosofar pressupõe a existência de um dado determinado sobre o qual refletir, por isso apóia-se nas ciências. Mas sua aspiração ultrapassa o dado científico, já que a essência do conhecimento filosófico é a busca do “saber” e não sua posse. Tratando de compreender a realidade dos problemas mais gerais do homem e sua presença no universo, a Filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema e com a ciência podemos ter alguma explicação para as interrogações do homem.
    Já o conhecimento empírico é um conhecimento adquirido pela experiencia do povo, no dia-a-dia, com ações não planejadas.
    E por fim o conhecimento teológico que revela a fé divina, dependendo de cada religião de cada individuo.
    Finalizando, chegamos a conclusão de que através de todos os conhecimentos podemos perceber que eles não nascem do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos.
    "Só me interessam os passos que tive de dar na vida para chegar a mim mesmo. "(Hermann Hesse)- O homem precisa fazer perguntas e também recebe-lás para entender realmente os mistérios do mundo em que vivemos!

    Até mais!

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  15. Gabriela A. Alamino e Thaluane S. Sofia - 3º EM - Colégio Ser!

    Todos os conhecimentos citados são muito importantes, e o mais interessante é pelo fato de que o ser humano sempre está, e sempre esteve, procurando e investigando todas aquelas perguntas sem respostas, em busca de mais e mais conhecimento.
    O primeiro conceito citado é o Empírico, qual obviamente surgiu no início dos tempos, é nesse que o homem conseguiu evoluir para poder desenvolver os demais conceitos(teológico, filosófico e científico), pois ele não é sistematizado, e sim adquirido com a experiencia da vida.
    Logo após vem o conceito da Teologia, pois o homem sempre muito curioso e fazendo suas observações, acabava notando que, certas questões (do conhecimento empírico), não obtinham certas respostas paupáveis, por isso necessitavam de um ser, ou seres superiores à raça humana, para explicar as perguntas complexas, impossíveis de se imaginar e sem respostas. Assim surge Deus, ou Deuses (sempre dependendo da cultura do ser humano).
    Até certo ponto parecia-se que tudo estava resolvido, mas o homem começou, alguns seres humanos (por mais que todos possuam a capacidade), conseguiram desenvolver a reflexão e o raciocínio lógico, surgindo o conhecimento filosófico, cujo não tem limites, muito menos alguma fonte de procura ou pesquisa, e sim a mente do ser humano tentando responder as dúvidas de todos os indivíduos do universo. Talvez podemos pensar que a filosofia, seja a mais complexa e a mais "certeira" dos conhecimentos, pois ela não necessita do conhecimento empírico, muito menos teológico para o procedimento de suas "invertigações", pois eles "consultam" as suas mentes (sabedoria) e o mundo que vivemos: a sociedade.
    Por último podemos citar o conhecimento científico, pois ainda existiam aqueles que só iriam acreditar em suas respostas somente se vissem, ter algo teórico com hipóteses e, que sempre de alguma maneira, pudessem comprovar suas respostas. Ele pode ter surgido após a grandes evoluções da sociedade, pois para fazer certas análises, é necessário ter certos recursos, mas mesmo assim, ele é um conhecimento que analisa-se em torno de todos os conhecimentos, no empírico, no teológico e no filosófico, para poder tirar parâmetros de todos esses, e no fim, obter algum resultado.
    Enfim, a filosofia não foi norteadora, pois ela possui um diferencial entre as outras, é um conhecimento em si próprio que não necessitou de outros conhecimentos para poder gerá-la. O ato de "filosofar" tem por origem a capacidade de reflexão e raciocínio do homem. Já que na Ciência, muitas vezes, não é suficiente para explicar o sentido geral do universo com todas as suas experiêcias, como também no Empírico, às vezes, não consegue saber com exatidão, algo que somente é analisado com pouca precisão, já a Teologia, é um conhecimento que ainda pode existir muitas dúvidas, sem respostas algumas.
    A filosofia acaba ultrapassando os limites de todos os conhecimentos, somente com uma incrível fonte de pesquisa: a mente de um ser humano.

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  16. O conhecimento empírico, sendo mais antigo e tendo sido desenvolvido de forma mais "natural", decorrente da própria experiência humana, deu a luz a questões que não podiam ser respondidas dentro de si mesmo, por sua superficialidade. Tais questões fomentaram o desenvolvimento de outras formas de conhecimento, como o teológico, o filosófico e o científico.

    O conhecimento teológico é uma forma de responder à essas questões (dependendo é claro do que se considera como respostas). Isso acontece porque o ser humano sente uma necessidade de acreditar que existe algo após a morte, a idéia de que vamos simplesmente morrer não é algo bem aceito, ou mesmo possuem dúvidas com relação à nossa origem e finalidade. Assim foram criadas explicações um tanto grandiosas, e duvidosas principalmente por sua limitada questionabilidade, sendo baseada na aceitação e na "fé", que também limita a testabilidade das explicações.

    O conhecimento científico, diferentemente dos outros conhecimentos, busca provas concretas para testar teorias, seguindo o método científico. Além disso possui características como a falseabilidade (suas teorias podem ser falseadas por experimentos), fazendo com que suas explicações não sejam imutáveis como as teológicas (na realidade as verdades teológicas mudam, principalmente de forma a se adaptar à mudanças na sociedade, mas claramente suas mudanças não são tão comuns e rápidas como na ciência, e não podem ser extensivamente contestadas). Assim a curiosidade humana desmistificou mitos e proporcionou que compreendêssemos melhor o mundo e que o avanço tecnológico chegasse nesse ponto. Podemos dizer que o conhecimento cientifico está ligado a outros conhecimentos, já que foram todas as crenças e questões nascidas em outras áreas do conhecimento que fizeram a curiosidade humana crescer para desvendar alguns mistérios, como as questões fundamentais da Vida do Universo e Tudo Mais.

    Porém o conhecimento científico possui limitações, principalmente quanto às questões não podem ser colocadas de forma clara ou ultrapassam a materialidade, não podendo ser estudadas de forma objetiva. Isso inclui questões fundamentais como a nossa origem e finalidade, ou a morte, ou mesmo o conhecimento em si, que a ciência não pode enfrentar diretamente, embora em alguns casos possa "tangenciar". Essas questões são justamente alvo do saber filosófico, que integra diversos conhecimentos de forma a permitir uma análise lógica destas. O saber filosófico, aliás, dialoga frequentemente com os conhecimentos mais diversos, pois pode incluir reflexões sobre a ciência e o método científico (epistemologia), a teologia e o próprio conhecimento empírico. Os resultados desse estudo filosófico, as "respostas" (ou talvez as perguntas formuladas, ainda mais importantes), estimulam o desenvolvimento dos outros conhecimentos. É interessante notar que os diversos conhecimentos, embora busquem, não podem atingir a verdade absoluta (que é por si só questionável), podem possuir caráter complementar, apesar de suas notáveis e perpétuas incongruências.

    Por um outro lado, pode-se apontar que os conhecimentos citados possuem uma ligação estreita por uma outra razão, mais material. Todos são realizações humanas (mesmo o teológico, onde por mais que se admita a existência de entidade(s) superior(es), a interpretação dessa(s) entidade(s) é humana), com objetivos semelhantes e sujeitos aos fatores capazes de influenciar o homem, como a sociedade (que por sua vez, numa relação dialética, é também influenciada pelos conhecimentos).

    Lucas Dutra, Pedro Rangel Caetano e Taiana Ribeiro, 3o. EM.

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  17. Nicolas e Silvia - 3º EM

    Ao pararmos para pensar, o homem veio fazendo descobertas ao longo de sua vida baseando-se em suas experiências, em seu conhecimento empirico. Através dele o homem foi capaz de se desenvolver e se adaptar a novos meios. Partindo dai ele foi capaz de tomar outros rumos de conhecimento que poderiam explicar alguns acontecimentos de sua vida, como por exemplo, os fenômenos físicos da natureza poderiam facilmente serem explicados como trabalho de Deus, Teologia. Ja sua racionalização e sua compreensão do mundo foram evoluindo conforme seu conhecimento científico e filosófico eram estimulados pela vontade de saber e com o passar do tempo novas descobertas foram feitas e sua cabeça foi mudando e evoluindo até chegar ao que temos hoje em dia. Podemos então relacionar que todos os conhecimentos estão envolvidos entre si e que todos tiveram como base para seu desenvolvimento e aprimoramento o conhecimento empirico.

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  18. A relação dos vários conhecimentos é devido a uma base e esta seria o conhecimento empírico. A partir dessa base, instigados e desafiados os seres humanos puderam desenvolver os conhecimentos contestando ou concordando uns com os outros. Ao longo da história, é possível ver a aplicação dessa “guerra “ do conhecimento entre o filosófico, cientifico e teológico, citando como exemplo a tentativa dessas áreas de provar como surgiu a vida na Terra. o contestar da explicação teológica fez com que grandes cientistas fossem impedidos de comprovar e continuar o desenvolver de seu conhecimento cientifico. A Fé no que era imposto para sociedade pela religião como verdade absoluta e incontestável, buscou justificativas com o conhecimento teológico.

    Sílvia e Nicolas 3ºEm

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  19. O nomeado ''conhecimento empírico'' foi a tentativa de responder a curiosidade básica do ser humano, talvez não essêncial, mas básica. Saber porque algumas coisas são o que são, porque acontece da manera que acontece e o que acontece tem algo haver com a humanidade, partindo do referencial que é um conhecimento simplista.
    Volteir disse uma vez que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança e aparentimente o homem decidiu retribuir o favor. Essa é a chamada ''síndrome do deusinho'' ( deus do sol, da água, do pão... deus grego e assim por diante ), um método adquirido muito mais pela humanidade há séculos atrás. Ainda há hoje, mais já é bem mais ameno. Penso que seria ousadia dizer que o conhecimento teológico é um conhecimento imutavel, pois é só olharmos na história: houve, no catolicismo, a Reforma Protestante. Afinal, o conhecimento teológico é a tentativa HUMANA de responder algumas coisas e até de se explicar, não uma tentativa DIVINA, porque o palestrante não é Deus, mas sempre seus ''porta-vozes'' que muitas vezes ao tentar explica-lo, acabam só negando e complicado quem realmente Ele é, porque sejamos francos, nós enquanto seres humanos não conseguimos nem explicar as coisas naturais e até nós mesmo, quem diria explicar a ideia da existência de um ser Divino e quem Ele é. Essa conversa( ou monólogo, dependendo do ponto de vista) é muito bacana, mais demandaria muitas linhas, mas sem dúvida prolonga-la em outra oportunidade. Enfim, conhecimento científico... conhecimento científico é a tentativa de explicar o que Deus fez ou que o acaso nos proporcionou. Muitos religiosos e ateus pensam que a Ciência é antítese da Religião. De fato é, mas não antítese de Deus. A ciência nos permite entender 3% do que Deus quer que o ser humano entenda. Marcelo Gleiser, um físico muito respeitado hoje no Brasil, escreve na Folha de S.P. nos fins de semna .evolucionista, ateu, um homem muito interessante sem dúvida, comentou no mês passado em uma de suas publicações o seguinte: Os que pensam que a ciência se separa dá fé só acaba indo para o obscurantismo ( estou sendo medíocre no comentário dele, mais a ideia é essa ). O conhecimento filosófico é meio complicado por ser uma linha de pensamento ''frustrante'', digamos assim. É aquela história de cada macaco no seu galho; quando entramos no ramo filosófico é como se estivéssemos num galho, tendo como espectativa de que a nossa resposta e a nossa angústia, provocada pela dúvida, fosse solucionada no próximo galinho. Mais o que acontece: quando chegamos no galho, descobrimos que o que estávamos preocurando está nos próximos 2 galhos !! Cara, isso é frustrante!! Depois que empacamos num galhos pensamos: Puxa, era feliz e não sabia. Não há dinheiro, resposta, filosofia que sacie nossas vontades...sempre queremos mais, mais e mais. Filosofia é bacana? Sem dúvida! ... mas por favor, só nao vamos esquecer de ser simples e da base ( enquanto humanidade), porque filosofia é a coisa mais fácil de se ''estudar'' e de se viver. Mas a simplicidade´...como é difícil.
    Wesley Borges.

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    1. Wesley, seu texto é de uma simplicidade, honestidade e encantamento ímpares. A afirmação da tese de que a ciência é a anti-tese da religião é perfeita. Segundo Karl Popper (1902-1994)filósofo da ciência, "[...] qualquer afirmação científica baseada em observação jamais poderá ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até quando provada falsa por outras observações, testes e teorias, mais abrangentes ou exatos que a original." O que ocorre é que uma teoria só poderá ser considerada ciência, segundo Popper, se pudermos falsea-la. Nesse ponto o conhecimento teológico está imune. Vamos falar mais sobre isso num futuro breve.
      Parabéns!
      Profª Marilia Coltri

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  20. A mente humana sempre foi de um caráter curioso. A partir disso, é criada a filosofia, que visa o esclarecimento de dilemas e a busca pela verdade.
    O conhecimento e a filosofia, direta e indiretamente, se completam. O conhecimento empírico, por exemplo, não foi o suficiente para responder perguntas mais complexas. E, uma vez que a humanidade se desenvolvia cada vez mais, a busca pela saciação das dúvidas tornou-se um objetivo. Com a criação do
    conhecimento teológico, ao qual era atribuído todo o desconhecido, essa saciação foi temporariamente alcançadada. Mas os poucos indivíduos que se questionavam sobre a veracidade da origem dessas respostas, os chamados filósofos, buscavam as respostas através da razão. Após muitos conflitos ideológicos com a igreja e os costumes da época, conseguiram dar os primeiros passos na direção do desenvolvimento científico.
    Este, por sua vez, conseguiu estabilizar parte da curiosidade humana por meio da experimentação. Porém, por não ser definitivo (afinal, o mundo passa por constantes transformações e novas descobertas são muito frequentes), a existência filosofia é fundamental para a base do conhecimento, não apenas do científico, mas de todos eles.
    É o ato de procurar novas perspectivas e voltar todo o raciocínio a elas que move a mente do ser humano. É a partir dela, a filosofia, que novos dilemas e a busca pela verdade estão sempre presentes. Deste jeito, é possível a melhor compreensão da realidade, afinal, o que move o mundo são as perguntas, e não apenas as respostas.

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